sábado, 25 de abril de 2009

Preconceito X Tolerância

Responda rápido: você prefere ser respeitado ou tolerado?

Não tenho dúvidas de que a grande maioria respondeu que prefere ser respeitado. E é justamente sobre isso que eu quero falar.

Muitas pessoas se dizem não preconceituosas, ou melhor, tolerantes, mas será que há alguma diferença entre preconceito e tolerância? Certamente. Mas não como muitos pensam. A tolerância nada mais é do que um preconceito velado. Ou estou errado?

Analise bem: uma pessoa que diz tolerar homossexuais, por exemplo, que não tem nada contra tais pessoas, mas ,que no fundo, não concorda com as ações desse grupo (êta termo idiota) não difere em nada de uma pessoa que assume abertamente não gostar e não concordar com as atitudes dessas pessoas. Cá entre nós, preconceito explícito e preconceito velado são dois sentimentos iguais. Uma pessoa não quer ser apenas tolerada, ela quer ser respeitada.

Voltemos à pergunta inicial. Imagine uma situação em que você é o centro das atenções, seja pela sua aparência física, seja pelo seu perfil ou atitude. Imagine que a grande maioria das pessoas ao seu redor não gosta da sua aparência, nem do seu perfil e não concorda com suas atitudes, mas ainda assim, tolera tudo isso. Você se sentiria confortável com tal situação? Ou preferiria que as pessoas respeitassem sua aparência, seu perfil e suas atitudes, independentemente de suas naturezas.

É engraçado como algumas pessoas enchem a boca pra dizerem: “Ah, eu sou liberal. Eu tolero todas essas diversidades. Eu sou uma ótima pessoa.” No entanto, suas percepções, suas opiniões internas não mudam, continuam tendo um caráter preconceituoso, discriminatório.

Por outro lado, grupos, como os homessexuais (não todos) parecem não perceber essa diferença e, quando deveriam batalhar por respeito e por tratamento igual ao de todos os outros, acabam focalizando sua luta por tratamentos especiais, contribuindo para a tolerância, ao invés do respeito, pois todos sabemos que é mais fácil respeitarmos aqueles que têm algo em comum com a gente. Felizmente há pessoas que pensam diferente, como é o caso do NUH (http://www.fafich.ufmg.br/nuh/).

Outro dia estava conversando com alguns amigos foristas e disse algo assim (que resume bem o que penso sobre o assunto):

“O que eu realmente não entendo é esse trem de Hispanic nos Estados Unidos.

O cara pode ter nascido em Porto Rico, Costa Rica, Guatemala, o que for, ser totalmente negro, então quando vai preencher ele se diz hispânico ao invés de negro? Os norte-americanos o vêem como hispânico e não como um negro, que por acaso também é de origem hispânica?

O mesmo vale pra um branco mexicano, filho e neto de espanhóis por exemplo. Quando ele chega em território norte-americano ele do nada deixa de ser branco para virar hispânico?

As pessoas inventam cada coisa. Ser-humano é ser-humano e pronto!”

Felizmente muitos deles concordaram comigo.

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