segunda-feira, 30 de março de 2009

O que o consumismo tem de tão ruim?

Em algum momento da vida de cada um de nós já ouvimos alguém dizer que um dos maiores problemas do mundo atual é o consumismo exacerbado. Escutamos de algum parente, amigo, ou mesmo colegas de faculdade. Como um estudante de publicidade e propaganda, o consumo é algo que constantemente está em meu pensamento. A publicidade, mais do que uma arte, é um negócio; seu objetivo final não é outro a não ser incitar maiores vendas (seja a partir de uma mera divulgação de um produto ou até mesmo a partir de uma mudança de comportamento; tudo dentro de uma ética). Ainda que possamos lembrar das campanhas de caráter social, que na maioria das vezes não visa lucro, a publicidade de negócios, em última instância , é motor da área e no final do dia, o aumento dos lucros/reconhecimento é o que realmente interessa, tanto para o cliente quanto para a agência. No entanto, vejo a aversão ao consumismo como um sentimento equivocado.

O problema não é o consumismo em si. Longe disso. Vivemos (ainda) em uma sociedade capitalista, que para sua sobrevivência precisa de movimento. Produtos são produzidos; produtos são consumidos. O real problema está no uso que algumas pessoas fazem do consumo. Assim, o consumismo não difere em nada da riqueza monetária, da energia nuclear, da política, de um bastão de beisebol, etc. Pode-se questionar o uso que se faz da energia nuclear – se é benéfico ou maléfico – mas não se pode questioná-la em si. Do mesmo modo, uma pessoa que tem dinheiro não é necessariamente um cidadão esnobe, prepotente e mesquinho. O que define isso não é o dinheiro, mas o caráter da pessoa. Isso também se aplica ao consumismo.

Se fulano compra uma camisa da marca X (dita superior à marca Y, comprada por outrem) como forma de obter status perante esse outro, o problema não está na ação “consumir” a camisa, mas no caráter pessoal daquele que a comprou. A variedade de objetos é algo benéfico. O uso que cada um faz deste ou daquele objeto é que PODE e DEVE ser questionado. O problema não é econômico, mas psicológico e sociológico. Ainda que se possa dizer que a propaganda incita o consumo de bens que realmente não nos fazem falta no dia a dia, há de se ressaltar que estamos lidando com seres humanos racionais, capazes de tomar decisões por si próprios, questionando anúncios, refletindo sobre eles e sobre toda a indústria do consumo, para que, no fim, decidam pela compra ou não.

A verdade é que vivemos em um regime capitalista, que não precisa ser necessariamente selvagem (mas que o é na maioria das vezes), em que a circulação de bens/capitais é o princípio básico para a sua sobrevivência. Queria eu também viver sob um regime que não se faz mediante exploração, mas a realidade é outra.

Longe de ser um atestado de contentamento para com a realidade, meu discurso visa apenas questionar as pessoas que se eximem de qualquer culpa, colocando o sistema – e suas características - como o grande culpado das injustiças que vemos por aí. Nunca paramos pra pensar que tudo é consequência de nossos atos e pensamentos.

Então, quando alguém me diz que o consumismo é culpado por várias mazelas desse mundo, eu sempre digo: “Não amigo. Os culpados somos nós.”

BBC Universos Paralelos

Pra começar, um documentário muito interessante, produzido pela BBC, sobre Universos Paralelos.

Abra a cabeça, liberte-se de qualquer tipo de preconceito e descubra as maravilhas desse nosso mundo.

Mais um?

No vasto universo da Web, onde habitam inúmeros blogs, os quais abordam os mais variados assuntos, eis que nasce mais um pequenino astro, também pronto pra ganhar seu espaço nesse universo.

Por que Universos Paralelos? Bom, aqueles que já me conhecem um pouco, sabem que eu sou fã de Astronomia e tudo relacionado ao assunto, desde teorias fundadas na física quântica até casos, digamos, marginalizados pela comunidade científica, como assuntos ufológicos.

Como a idéia aqui é viajar no pensamento, sem conservadorismo e barreiras, muitas reflexões podem parecer estranhas em um primeiro momento, mas o que aparenta ser o certo e o real pra você aqui, pode ser justamente o contrário do que você pensaria em um universo paralelo.

Pra quem não me conhece, eu me apresento: meu nome é Afonso, tenho 23 anos, mineiro com muitíssimo orgulho, aluno de Comunicação Social (Publicidade e Propaganda) na UFMG, apaixonado por arquitetura, urbanismo, paisagismo, escritor e músico amador nas horas vagas.

Esse blog tem como objetivo a reflexão dos mais diversos assuntos, apresentação de ideias (sem acento agora), por mais absurdas que possam parecer (afinal de contas, a ideia aqui é viajar..) e dicas de músicas, livros, seriados, filmes, e o que mais for de interesse. Não serão permitidos qualquer tipo de difamação (ex clássico: Mallu Magalhães é um porre!) Não que eu goste dela, é só que eu não tenho nada com a vida dela ou com a de qualquer outra pessoa.

Convido aos demais a se expressarem, sempre com respeito, claro. Caso alguém queira contribuir com alguma reflexão ou dicas é só entrar em contato comigo.

E vamos lá!